quinta-feira, 19 de julho de 2012


A inteligência coletiva: uma discussão sobre a influência da internet sobre a linguagem.

Ana Cele Pereira


Até que ponto a internet exerce algum tipo de influencia sobre nossa linguagem e aprendizado? A inteligência coletiva é um conceito que enriquece as pessoas ou é um conhecimento falsamente adquirido através da internet e meios de comunicação? Num mundo hoje dito como a Era da tecnologia, percebeu-se que tal tecnologia mais propriamente ao que diz respeito à internet e outros meios de comunicação, vimos que o conhecimento vem sendo muito adquirido através desses mecanismos de comunicação.
            Um conhecimento valorizado por uns e por outros nem tanto, que provoca um debate no que diz respeito até onde essa inteligência e conhecimento são culturalmente constituídos e distribuídos por toda a parte. Através do desenvolvimento e expansão da internet ou ao que alguns estudiosos chamam de ciberespaço, onde se é desenvolvida essa inteligência artificial.
            No que diz respeito à linguagem, que foi nossa primeira tecnologia, segundo Derrick de Kerckhove. Através da linguagem é que se inicia todo o processo de informação. Também de acordo com Kerckove, a linguagem é a substancia da inteligência humana, que nos equipa para reconhecer, compreender e viver nos ambientes que constituem a realidade. Portanto, tudo que afete o desenvolvimento e crescimento da linguagem também afeta o crescimento e desenvolvimento da inteligência.
            Nesse sentido que penso ser importante a discussão do assunto, para mostrar até onde chega essa influencia, quais as conseqüências dela dentro do ambiente de ensino. Como o medo de muitos professores de que os alunos fiquem muito dependentes dessa forma de obter conhecimento e esqueça-se de procurar outras formas mais tradicionais para obter informação.
            O intuito aqui então seria procurar perceber e compreender os pros e contras que formam e fazem da inteligência coletiva um conceito que é tido para alguns como o remédio e o veneno da sociedade tecnológica.


MACLUHAN. Marshall. Os meios de comunicação como extensão do homem. São Paulo. Editora Cultrix. 1994.
DERRICK, Kerckhove de. A pele da cultura. Portugal. Relógio D’ Água Editores. 1997. 
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo. Editora 34, 1999. 
LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo. Edições Loyola, 1998.


Um comentário:

  1. Olá Ana Cele!
    Convivendo com professores, sinto que, para a maioria, os meios de comunicação são um veneno bastante amargo. Penso que o medo é gerado pelo fato de passarem de protagonistas a mediadores do conhecimento, de verem que as formas de ensinar e, especialmente, de aprender tomaram um caminho sem volta, desconhecido e distante de tudo que poderiam imaginar...

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