Plano
de trabalho para o artigo:
Os meios de comunicação como alternativa para a superação da crise escolar
A partir das leituras dos livros:
“Os meios de comunicação como extensões do homem” de Marshall Mcluhan e “A Pele
da Cultura” de Derrick de Kerckhove, juntamente com as discussões realizadas
pelo grupo sobre a temática mídia e educação, podem ser ressaltados como
aspectos relevantes as concepções expressas em ambos os autores sobre as
inflências da mídia, em nossos comportamentos, ou seja, as formas como: agímos,
nós vestímos, consumimos, e nós relacionamos. Influências tão brutais que
acabam se tornando impossível a separação entre o homem e a mídia, ou
tecnologia, por isso esta se torna extensão do homem.
Kerckhove ao descrever sobre sua
experiência ao ser monitorado tendo todas suas sensações ao ver imagens
captadas por aparelhos que integrados a fios e ligados a máquina, esta que
seria capaz de realizar o monitoramento, demonstrou exatamente essa
característica dos meios de comunicação, nesse caso as imagens, como extensões
do homem, pois mesmo com as preocupações que ele sentiu, acreditando que não
soube marcar com precisão as imagens que mais lhe agradavam e as sensações que
elas o proporcionavam, os aparelhos que o monitoravam, captaram suas reações, e
assim a cada imagem, cada sensação pode ser visualizada com o auxílio da
máquina.
Mesmo que inconscientemente,
mesmo que não seja perceptível por nós, nosso corpo esta respondendo aos
estímulos das mídias, das tecnologias, talvez seja esse o motivo da dificuldade
que sentimos em nós concentrar quando algum aparelho seja este; tv, rádio,
computador entre outros, está ligado perto de nós, pois estamos respondendo a
estímulos mesmo que involutariamente.
Tendo como base essas questões
iniciais, podemos constatar que os meios de comunicação, que por sua vez sofrem
cada vez mais constantes transformações, devem ser analisados tendo em vista a
importância que eles exercem na atualidade, e ate mesmo para entender, ou se
for o caso críticar as suas decorrentes limitações. Críticas que devem ter
embasamento, não existindo espaço para argumentação do tipo “a televisão é um
mal, pois as pessoas deixam de ler e assim de pensarem por si próprias”,
argumentos desse gênero além de ultrapassados não mudam em nada, pois os
comportamentos dos indivíduos e suas relações se transformaram em virtude dos
meios de comunicação, com isso esse tipo de crítica acaba por descredibilizar o
comportamento dos indivíduos e suas relações decorrentes.
Eis o ponto crucial da questão,
pois a educação escolar também descredibiliza os meios de comunicação, e isso
so faz aumentar o distanciamento existente entre o conteúdo apresentado pelos
professores e a realidade do eduacando. Isso porque os meios de comunicação que
são tão utilizados principalmente pela nova geração como internet e televisão,
são rechaçados pelo ambiente escolar. Mesmo existindo as chamadas TVs pendrive
nas escolas, estas ainda são utilizadas como exemplos, como recursos para
reforçar o que está escrito no livro, como se a TV fosse um complemento do
livro e não um meio de comunicação para o aprendizado.
Com isso os problemas da educação
escolar só fazem por aumentar e a crise da educação fica cada vez mais difícil
de ser superada. Com relação a esse aspecto de crise, o autor Kerckhove entende
que a crise é um momento em que existem julgamentos, que por sua vez dão
oportunidades para mudanças. Assim podemos concluir que a crise da educação
pode ser resultado de uma não mudança de um não julgamento, sobre a realidade
vivenciada com os meios de comunicação em alta e a forma como ela pretende
“transmitir” conhecimentos desconsiderando esses meios de comunicação.
É óbvio que existem vários fatores
que influenciam na crise da educação principalmente no caso brasileiro, fatores
econômicos, estruturais, culturais e sociais, mas, considero como sendo
importante analisar a crise da educação tendo como motivo a sua não adequação perante
as mudanças que ocorreram e vem ocorrendo por causa dos meios de comunicação,
ou seja a educação permanece estática, os comportamentos e as relacionamentos
dos indivíduos se transformaram em virtude dos meios de comunicação, mas, a
forma como a educação, como a Instituição escolar tenta transmitir os
conteúdos, o conhecimento, permanece a mesma.
Com essas constatações o tema para
o meu artigo é: Os meios de comunicação como alternativa para a superação
da crise escolar. Uma das
questões essenciais é: Por que
a educação escolar não aderiu, ou não ve credibilidade para que os meios de
comunicação possam ser utilizados para transmissão de conteúdos de
ensinamentos?
Assim em um primeiro momento serão
analisadas as questões relativas à crise da educação, tendo em vista analisar
muito mais seu caráter de distanciamento entre o conteúdo e os comportamentos
dos indivíduos em relação as tranformações decorrentes dos meios de
comunicações, do que os fatores relativos a problemas sociais.
Em um segundo momento serão
analisados as concepcões dos autores Mcluhan e Kerckhove, sobre como os meios
de comunicaçào estão presentes em nossos comportamentos, como somos
influenciados e por isso estamos como segundo o autor Kerckhove, ligados uns
aos outros por acontecimentos tão globais como o tempo, ou seja, mesmo com as
especificidades individuais os meios de comunicação reforçam os laços
coletivos, expressos pelos meios globais de comunicação.
Num terceiro momento serão
analisadas as questões relativas a concepções de outros autores sobre a
importância da utilização dos meios de comunicação para a educação escolar, e
como a instituição escolar necessita transformar sua maneira de compreender os
meios de comunicação, por serem extensões do homem.
E por fim como a escola pode
utilizar de meios de comunicação para transmissão de conteúdos e ensinamentos,
tendo como exemplo a própria TV pendrive.
REFERÊNCIA
BOBLIOGRÁFICA:
KERCKHOVE, Derrick de: A Pele
da Cultura. Santa Maria da Feira: Relógio D’Água, 1997.
MCLUHAN, Marshall: Os meios de comunicação como extensões do
homem. 5 ed. São Paulo: Cultrix, 1964.
Para refletir...
ResponderExcluirSerá que a resistência dos profissionais de educação em relação aos meios de comunicação é o resultado de um modelo autoritário, de controle de mentes e corpos, de formação de homens dóceis e úteis, que ao se depararem com a possibilidade de autonomia, de interação e de democratização do conhecimento propiciados pelas redes, intimidam-se com mudanças (de valores e comportamentos) para as quais não foram preparados?